ARTIGOS
VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS EM DIÁLOGO COM A COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA
Apesar dos avanços na área da ciência, tecnologia
e comunicação, que marcam a sociedade do século XXI - também chamada de
sociedade do conhecimento e da informação - é possível notar nela algumas
contradições: cada vez mais os seres humanos têm praticado ações que enaltecem
o individualismo, o egoísmo e a intolerância, motivando vários tipos de
violências, como o preconceito de gênero e racial, o assédio moral e sexual e a
intolerância religiosa, o que configura no retrocesso das relações humanas. Assim
sendo, em vez de uma sociedade que propaga a paz e um comunicação não-violenta,
o que vemos diariamente nos jornais e nas redes sociais é um grande volume de
agressões entre os indivíduos.
Sendo a escola uma instituição social, a
violência tende a refletir na educação, trazendo negativos impactos para o
processo de ensino e aprendizagem. As interações entre os sujeitos na escolar tendem a ser implicadas pelo
desrespeito. Não é à toa que o bullying tem sido encarado como problema mundial,
além de muito debatido atualmente. Também cresce o número de casos de
professores que são agredidos em seu local de trabalho. Em
outras palavras, hoje a tolerância e o respeito entre os humanos são como
pedras preciosas, difíceis de se encontrar e cuidar, porém de grande valor,
sobretudo no que refere ao bem comum.
Nesse contexto, a escola é um espaço
privilegiado para formação cidadã e humana, no sentido da autonomia e
emancipação dos sujeitos; isso inclui propiciar aos estudantes a capacidade de
agir na sociedade de modo crítico, reflexivo, solidário, honesto, justo e livre
de qualquer preconceito e intolerância. A comunicação não-violenta,
desenvolvida por Marshall Rosenberg aponta caminhos para isso, contribuindo para uma
interação harmoniosa e passiva entre os sujeitos. Ela implica em quatro
componentes: I) Observar sem julgar as pessoas; II) Entender nossos
sentimentos; III) Reconhecer nossas necessidades; IV) Fazer pedidos com clareza
a partir de uma conversa gentil.
Para tanto, cabe um esforço de toda a
comunidade escolar - alunos, educadores, famílias, entre outros - em planejar e executar atividades, como
debates, exposição de cartazes, apresentações artísticas que visam a cultura de paz e a comunicação
não-violenta entre os sujeitos, bem como os valores humanos. Trata-se de superar
as brigas, os desentendimentos e os conflitos que atrapalham os relação entre
os professores, familiares e alunos. Essas
atividades devem ser contempladas no projeto político pedagógico da escola e
nos planos de ensino dos professores. Evidentemente, a educação escolar possui
um papel político-pedagógico muito importante que pode contribuir para o
desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária.
Por: Tatiana das Merces
O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA: VILÃO OU ALIADO?
Não há dúvidas que as novas tecnologias têm mudado o
comportamento dos seres humanos. Hoje, com o uso da Internet, podemos fazer coisas
que há vinte anos era difícil de imaginar que seria possível como, por exemplo,
fazer transações financeiras sem sair de casa, assistir aos diversos filmes com
alta resolução e efeitos especiais, estudar fora do ambiente da sala de aula
por meio de vídeo-aula, dialogar com várias pessoas simultaneamente e etc. Em
parte, essas mudanças têm proporcionado alguns desafios dentro da sociedade,
que se refletem, de certo modo, na escola.
O uso dos celulares e tabletes, por exemplo, nas salas de
aula é normalmente visto como um problema (vilão), principalmente porque os
alunos acabam se distraindo das atividades elaboradas pelos professores na
tentativa de acessar as redes sociais, ouvir músicas, se divertir com os jogos,
entre outras ações, que, muitas vezes, escapam da vigilância e controle dos
professores. É evidente que essas distrações podem comprometer
significativamente o desempenho dos alunos na escola.
Por outro lado, não há como ignorar a importância das novas tecnologias
na sociedade; nesse sentido, proibir o uso delas na sala de aula pode reafirmar
o abismo entre a escola e o contexto social em que os alunos estão inseridos. Para
a construção de práticas educativas mais significativas e coerentes à realidade
dos alunos, muitos professores têm transformado a tecnologia em um aliado da
educação.
Isso significa que, mesmo com suas contradições, as novas tecnologias
podem ser importantes instrumentos pedagógicos, pois permitem a interatividade,
a participação e a intervenção dos indivíduos. Isso fica claro quando pensamos nas
redes sociais, as quais possibilitam -
por meio das conversas, compartilhamento de vídeos, documentos, links, criação
de grupos de estudo - a troca de conhecimento e informação entre “professor e
aluno”, “aluno e aluno”, “professor e professor” e, mais do que isso, entre “escola e
comunidade”.
Logo, a aprendizagem colaborativa apoiada pelas redes
sociais oportuniza agrupamentos humanos e fomentam a interação entre eles, possibilitando
o encontro de diversos saberes. Nesse sentido, vários educadores têm construído
estratégias positivas.
Considerando que a internet é uma grande biblioteca, o
professor pode usá-la como meio de estimular a leitura, pesquisa e escrita de
seus alunos. Nessa perspectiva, o acesso à internet (via celular, tablete,
notebook, entre outras formas) possibilita a participação dos alunos nas
atividades elaboradas pelos professores.
Além do mais, o uso das tecnologias na sala de aula pode
contribuir para a democratização do saber tecnológico ao permitir o acesso desses
dispositivos aos alunos que não têm acesso a tecnologia em seu dia a dia. Outro fator positivo é que as tecnologias permitem
dar voz aos alunos, posto que por meio delas podemos criar, escrever, ler,
pensar, ouvir, julgar, isto é, produz conhecimentos.
Portanto, o uso coordenado, planejado e equilibrado das
novas tecnologias na sala de aula pode significar um avanço pedagógico. Para
tanto, é importante que os professores, junto à equipe pedagógica, elabore
propostas claras e possíveis de executar.
Isso mostra que na sociedade atual, conhecida como sociedade da
informação e da comunicação, não cabe mais aquela escola que preza apenas pelas
metodologias de ensino que têm a repetição e a memorização como os únicos meios
de aprendizagem. A realidade das novas gerações demanda o desenvolvimento de
outros métodos de ensino e aprendizagem, que dialoguem com as diversidades dos
conhecimentos e das culturas que existem na sociedade.
Por: Tatiana das MercesEDUCAÇÃO AMBIENTAL: RESPONSABILIDADE DE TODOS
Há
anos cientistas e estudiosos destacam a urgência do cuidado com o meio
ambiente, como o uso dos recursos alternativos que são renováveis e/ou recicláveis
e, consequentemente, a Educação Ambiental tem sido considerada emergente,
devendo ser trabalhada de modo transversal nos currículos da educação escolar.
Todavia, em vez de uma sociedade que cuida e preserva a vida, o que se vê ainda
nos dias de hoje nas mídias é um grande número de casos imprudentes que ameaçam
o futuro do planeta.
Somente
em 2019, no Brasil, foram vários danos ambientais. O rompimento da barragem de
Brumadinho, em Minas Gerais, que resultou em perda humana e em impactos
ecológicos nos rios. Houve também as queimadas na floresta Amazônia, que somadas
ao seu desmatamento refletem o descaso e a fragilidade das políticas públicas
sobre o meio ambiente no país. Além do mais, o desastre do vazamento de
petróleo afetou as praias do litoral do nordeste, prejudicando não só o
turismo, mas principalmente a saúde pública na região.
Vale
ressaltar que a responsabilidade de cuidado com a natureza é de todos os seres
humanos. Contudo, para que haja uma mobilização efetiva, precisa-se de um
trabalho coletivo, partindo principalmente dos Estados, das Instituições e Empresas
públicas e/ou privadas, entre outros órgãos político-sociais, posto que estes tendem
a provocar maiores impactos na sociedade, sejam positivos ou negativos. Neste
contexto, a escola pode ser uma entre várias instituições com a responsabilidade
de formar cidadãos capazes de preservar todas as formas de vida.
No que se refere a
escola, mediante apoio e incentivo do poder público e de toda a sociedade,
torna-se necessário investimentos em formação continuada de professores,
capacitando-os para o ensino sobre a educação ambiental. Desse modo, será
possível a elaboração de planejamentos multidisciplinares que visam aulas
teóricas e práticas com o objetivo de sensibilizar os estudantes sobre a preservação
ambiental e incentivá-los a criar recursos sustentáveis. Sendo assim, a
Educação Ambiental como conteúdo escolar pode contribuir para formação de uma
geração que possui a mentalidade de cuidado com natureza e compromisso com o
futuro do planeta, porém a escola não pode estar isolada nesse processo: pois a
educação ambiental é dever de todos.
Por: Tatiana das Merces
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